Réu por fake news, Nikolas Ferreira pode ficar inelegível; entenda
Deputados enfrentam denúncias por difamação e fake news em campanha eleitoral. Caso pode torná-los inelegíveis até 2033, caso condenados.
TRE-MG aceita denúncia do MPE contra deputados por difamação.
Os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Bruno Engler (PL-MG), Delegada Sheila (PL) e Coronel Cláudia (PL) são acusados de divulgação de notícias falsas contra Fuad Noman (PSD), ex-prefeito de Belo Horizonte.
A decisão foi proferida pelo juiz Marcos Antônio da Silva em 25.jul.2025. Se condenados, os deputados podem se tornar inelegíveis até, pelo menos, 2033.
O MPE afirma que os réus participaram de uma “campanha sistemática de desinformação” no 2º turno das eleições de 2024. Fuad Noman, que faleceu em março de 2025, obteve 53,73% dos votos válidos.
A denúncia inclui o uso de trechos descontextualizados do livro “Cobiça”, além de acusações falsas sobre eventos da prefeitura, veiculadas por rádio, TV e redes sociais.
Nikolas Ferreira também desobedeceu uma ordem judicial para remoção de postagens, ironizando a liminar em público.
O caso prossegue mesmo após a morte de Fuad, devido à natureza dos crimes de ação penal pública. Apenas o suplente Victor Lucchesi confessou os crimes e fez um acordo com o MPE.
Outros réus, como Bruno Engler, não aceitaram acordos e a Justiça já havia exigido a remoção dos conteúdos durante a campanha.
Nikolas Ferreira comentou a decisão no Telegram: “Querem calar milhões, mas estamos aqui”. Ele foi o deputado federal mais votado do Brasil em 2022.
Poder360 tentou contato com a assessoria dos deputados, mas não obteve resposta até a publicação.