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Resultados de empresas vêm acima das expectativas dos analistas

Resultados do primeiro trimestre mostram crescimento expressivo no lucro das empresas brasileiras, superando as previsões do mercado. No entanto, o aumento dos custos ainda representa um desafio significativo para as margens de lucro.

Resultados do 1° Trimestre das companhias de capital aberto superaram as expectativas do mercado, impulsionados por uma atividade econômica aquecida no Brasil e uma recuperação das exportadoras. No entanto, os custos seguem pressionando as margens.

Levantamento do Valor Data com 387 empresas não financeiras aponta que o lucro líquido consolidado cresceu 30,3% para R$ 57,2 bilhões, enquanto as receitas avançaram 13,9%, totalizando R$ 976,7 bilhões. Os custos aumentaram 14,8%, chegando a R$ 728,4 bilhões.

Fernando Ferreira, da XP, comenta que "a percepção da temporada foi boa", apesar do temor de desaceleração econômica. Câmpus que atuam no mercado interno cresceram 10,8% no lucro, enquanto as exportadoras tiveram um crescimento impressionante de 130,9%.

O setor de varejo surpreendeu positivamente, segundo Carlos Eduardo Sequeira, do BTG Pactual. "Metade das empresas de varejo teve resultados fortes", afirmando que a força do setor foi inesperada.

Companhias exportadoras de matérias-primas, como Petrobras e Vale, mostraram resultados, mas ficaram abaixo do esperado, sustentadas pela estabilidade nos preços dos produtos e fatores contábeis favoráveis.

Ainda que os resultados tenham superado as expectativas, a margem bruta mostrou deterioração, com a inflação sendo um fator relevante. Ferreira destaca a resiliência da economia e os desafios para o Banco Central.

Os executivos estão otimistas em geral, mas a expectativa de desaceleração ao longo do ano persiste. Daniel Gewehr, do Itaú BBA, observa estabilidade cambial e um ciclo de alta nos juros que parece ter terminado.

Os resultados positivos no 1° trimestre contribuíram para o fluxo de recursos no Brasil, elevando o Ibovespa a patamares recordes. Porém, as expectativas para exportadoras de commodities são cautelosas devido a fatores externos.

Os esforços do governo em manter a atividade econômica animada podem levar a uma desaceleração menos intensa, conforme notado por Sequeira, embora os efeitos dos juros sobre a economia real ainda sejam incertos.

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