Restauração ambiental é agenda estratégica
A união da tecnologia com o conhecimento indígena é vista como essencial para o Brasil se tornar líder em restauração florestal. Especialistas ressaltam a importância de integrar práticas tradicionais e inovações tecnológicas para enfrentar crises ambientais.
Combinação de tecnologia e conhecimento indígena pode impulsionar restauração florestal no Brasil
A diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, afirma que o Brasil possui tecnologia e conhecimento para liderar a restauração florestal. Ela destaca que o setor de tecnologia, especialmente inteligência artificial, gera alta emissão de carbono e necessita compensação.
O BNDES está organizando leilões e atuando como estruturador do mercado de crédito de carbono, com a perspectiva de que o Brasil se torne uma referência mundial nesta área.
No Web Summit, Tim Granzotti, especialista em design de sistemas e conhecimento tradicional, debateu os impactos sociais e ambientais da tecnologia. Ele questionou o propósito atual da tecnologia, ressaltando que as soluções indígenas são essenciais para ecossistemas como a Amazônia.
Rudã Brandão, CEO da Biofábrica de Corais, apresentou como a biotecnologia pode ajudar no turismo regenerativo. A startup, que surgiu em 2017, se dedica à restauração sustentável de corais em Pernambuco e Alagoas e já plantou mais de 7 mil corais.
No entanto, após um fenômeno de branqueamento, o número de colônias caiu para 40. Brandão enfatizou a importância de integrar o conhecimento local de pescadores com tecnologia moderna.
Daniel Pisano, da 87b Labs, destacou a relevância de métricas para projetos ambientais, mencionando a dificuldade de encontrar startups com essa abordagem no Web Summit.