'Resistência de Lula dá resultados e Trump atenua tarifas ao Brasil', diz agência americana Bloomberg
Lula desafia tarifas de Trump e busca reverter tensões comerciais entre Brasil e EUA. Novas isenções podem trazer alívio, mas o julgamento de Bolsonaro pode complicar a relação.
Resposta do presidente Lula à tarifa de 50% imposta pelos EUA
Na quarta-feira (31/7), a reação "desafiadora" do presidente Lula à tarifa do governo Trump foi validada. Mercados e empresas "respiraram aliviados" com a lista de isenções divulgada.
O decreto de Trump detalha 694 produtos isentos, como:
- minerais
- produtos energéticos
- metais básicos
- fertilizantes
- papel e celulose
- alguns produtos químicos
- bens para aviação civil
No entanto, carne, frutas e café, produtos exportados em grandes quantidades, não estão na lista.
Além disso, na terça-feira (29/7), o secretário de Comércio dos EUA indicou possibilidade de tarifa zero para produtos agrícolas não cultivados nos EUA, válida para todos os parceiros comerciais.
De acordo com a Bloomberg, a posição de Lula foi um "choque" para o governo brasileiro, que teve contato limitado com a Casa Branca. A postura de Lula em não interferir no processo judicial de Jair Bolsonaro pode ter tornado as tarifas inevitáveis.
No dia 6 de agosto, as novas tarifas entrarão em vigor, ao invés do previsto 1º/8. O desafio de Lula será transformar essa situação em uma distensão mais duradoura com os EUA, especialmente considerando que o julgamento de Bolsonaro pode influenciar a suspensão das isenções.
A Bloomberg destacou que os EUA impuseram sanções da Lei Magnitsky contra o juiz do Supremo, Alexandre de Moraes. Tal lei é uma das punições mais severas para violações de direitos humanos, com consequências como:
- proibição de viagem aos EUA
- congelamento de bens
- proibição de transações econômicas
Moraes já estava proibido de entrar nos EUA, e seu visto foi revogado. Ele também pode enfrentar restrições financeiras em bancos brasileiros vinculados ao sistema americano.