Republicanos planejam cortes no sistema de aposentadoria de servidores federais nos Estados Unidos
Servidores federais enfrentam cortes significativos em benefícios de aposentadoria enquanto o pacote de gastos e impostos dos republicanos avança na Câmara. A proposta geraria economias substanciais, mas altera as contribuições e o cálculo dos benefícios para muitos funcionários públicos.
Proposta de cortes nos benefícios de aposentadoria para servidores federais dos EUA está em tramitação na Câmara, proposta pelos republicanos. Essa medida pode impactar negativamente uma força de trabalho já abalada.
O presidente do Comitê de Supervisão, James Comer, anunciou que a proposta obrigaria muitos funcionários civis a pagar contribuições mais altas e reduziria benefícios futuros ao mudar a fórmula de cálculo dos pagamentos.
O comitê espera votar o plano na próxima semana. Se aprovado, será parte da legislação do presidente Donald Trump, a ser finalizada até agosto, sem apoio dos democratas. Comer destacou que isso resultaria em uma redução do déficit federal de mais de US$ 50 bilhões.
A maior mudança incluirá aumento da contribuição para o Sistema de Aposentadoria de Funcionários Federais (FERS), passando todos a pagar 4,4% de seus salários, gerando US$ 30,7 bilhões em uma década.
A proposta também visa economizar US$ 4,75 bilhões mudando a base de cálculo dos benefícios de aposentadoria para os cinco anos de maior salário. Além disso, pretende eliminar benefícios suplementares para aposentados antes dos 62 anos e auditar os familiares de funcionários para verificar elegibilidade à saúde.
Republicanos argumentam que os benefícios são generosos em comparação com o setor privado, sendo que muitos servidores aceitam salários mais baixos por causa dessas promessas.
A votação no plenário da Câmara está previsão para o próximo mês. O projeto poderá ser enviado ao Senado, onde novos cortes também estão em discussão. O objetivo é encontrar US$ 2 trilhões em economias para compensar os cortes de impostos de Trump de 2017 e implementar novos benefícios fiscais.
O Senado, por sua vez, aprovou um plano orçamentário com a meta de realizar cortes de apenas US$ 4 bilhões.