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Repasses do INSS para sindicato dirigido por Frei Chico, irmão de Lula, crescem 564% em 5 anos

Investigação aponta aumento expressivo nos repasses ao Sindnapi, vinculado a Frei Chico, irmão do presidente Lula, com suspeitas de cobranças indevidas. O governo anunciou medidas para conter fraudes enquanto parlamentares da oposição pressionam por responsabilização e apuração dos fatos.

BRASÍLIA — Repasses do governo federal ao Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), onde Frei Chico (irmão do presidente Lula) é vice-presidente, cresceram 564% de 2020 a 2024, somando R$ 154,7 milhões em 2023, conforme o Portal da Transparência.

As investigações da Operação Sem Desconto revelam fraudes em cobranças de mensalidades que não foram autorizadas pelos beneficiários do INSS. O governo federal afirmou ter atuado para prevenir essas fraudes, mas não fez comentários sobre o caso do sindicato.

O Partido Novo acionou o TCU para suspender repasses ao Sindnapi, pedir devolução de valores e responsabilizar gestores. No governo atual, os descontos não autorizados dispararam, levando a suspeitas de um esquema de vantagens indevidas para dirigentes do INSS.

O Sindnapi, ligado à Força Sindical, teve um aumento de associados de 237,7 mil em 2021 para 366,2 mil em 2023. Em 2023, a CGU identificou que 76,9% das mensalidades cobradas não tinham autorização. Dispararam também os pedidos para exclusão dos descontos indevidos, passando de 3.866 em 2022 para 28.039 em 2023.

Frei Chico negou irregularidades e pediu que a Polícia Federal investigasse a situação. O caso gerou pressão de parlamentares da oposição e tentativas de criar uma CPI no Senado para apurar os fatos. “Fraudes bilionárias e prejuízos para quem mais precisa”, comentou o deputado Marcel van Hattem (Novo).

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