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Renúncia com desoneração cai no 1º bimestre, mas é de R$ 2,5 bi

A desoneração da folha de salários apresentou uma queda significativa nos primeiros meses de 2025, mas ainda representa um montante considerável. Enquanto o governo busca alternativas para compensar a perda de arrecadação, os setores beneficiados continuam dominando os números.

Renúncia fiscal na desoneração da folha de salários totalizou R$ 2,5 bilhões em janeiro e fevereiro de 2025, queda de 24,5% em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 3,3 bilhões, ajustado pela inflação).

Dados da Receita Federal mostram que as empresas têm até 2 meses após o período de apuração para reportar as renúncias. Os números de março e abril são parciais, com R$ 716 milhões e R$ 46 milhões, respectivamente.

A desoneração significa redução ou isenção de tributos, o que torna a contratação mais barata. Atualmente, abrange 17 setores da economia e será gradualmente eliminada até 2028.

Enquanto empresas beneficiadas pagam alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, a maioria paga 20% sobre a folha de pagamento. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentava acabar com o benefício totalmente, mas um acordo no Congresso permitiu a cobrança gradual a partir de 2025.

O governo precisava de medidas para compensar as perdas, mas os ajustes propostos no PIS/Cofins foram rejeitados pelo Congresso. Haddad afirmou que em 2025 o governo não está arrecadando nada.

O Poder360 destaca que o Grupo Globo de Comunicação é a 5ª empresa que mais se beneficiou em 2025, com R$ 33,6 milhões. Outras empresas no top 10 incluem Seara (R$ 58,4 milhões) e BRF (R$ 42 milhões).

O Poder360 também obteve a desoneração de R$ 276,7 mil em 2025, conforme dados do Fisco.

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