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Renovação de sistema de cota-tarifa derruba ações de siderúrgicas; previsão é de mais aço chinês

Renovação do sistema de cotas para importação de aço gera descontentamento entre siderúrgicas e provoca queda nas ações do setor na B3. Analistas apontam que as novas medidas podem aumentar as importações e pressionar ainda mais os preços.

Gecex-Camex renovou o sistema de cotas e tarifas para importação de aço, visando proteger a indústria nacional.

A cota limita a importação e foi estabelecida com base na média de importações de 2020 a 2022, com um acréscimo de 30%. Até esse limite, a alíquota é de 10,8%, e acima disso sobe para 25%.

A medida, criticada por representantes do setor, foi estendida para quatro novos produtos identificados por códigos NCM.

As ações das siderúrgicas na B3 reagiram negativamente, com quedas como:

  • Usiminas: -4,67%
  • CSN: -3,67%
  • Gerdau: -1,12%

Executivos alertam que a nova cota pode aumentar as importações de aço, especialmente da China, devido ao fechamento de mercados em outros países.

Daniel Sasson, do Itaú BBA, expressou surpresa com a falta de uma decisão mais rigorosa do governo. Ele observa que a expectativa de um aumento na alíquota provocou uma alta nas ações antes do anúncio.

O Instituto Aço Brasil considera a renovação como positiva, mas pede medidas mais eficientes contra o aumento das importações.

A nova estrutura mantém a alíquota de 25% para 19 NCMs e as estende a quatro adicionais, totalizando 23 NCMs. Essas mudanças são válidas por 12 meses.

Analistas do Bank of America recomendam cautela, prevendo níveis elevados de importação e uma queda na demanda interna em 2025, o que pode pressionar os preços.

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