Remuneração de diretores sobe; JBS, PRIO e Hapvida têm maiores salários
Remuneração dos diretores e conselheiros das empresas da B3 cresce acima da inflação, com aumentos expressivos em diversas companhias. Estudo revela que corporations pagam salários mais altos do que empresas com controlador definido, destacando a disparidade em relação às estatais.
Aumento na remuneração de executivos na B3
As empresas listadas na B3 têm aumentado significativamente a remuneração de diretores e conselheiros.
Um estudo da XP revela que, desde 2021, o total pago pelas 152 companhias analisadas cresceu em média:
- 28,6% para diretores
- 24,3% para conselheiros
Em comparação, a inflação foi de apenas 6,3% ao ano.
Maiores aumentos na remuneração dos diretores:
- Serena: 521%
- Brava: 305%
- Grupo Mateus: 140%
- PRIO: 123%
- Eletrobras: 75%
Maiores remunerações no ano passado:
- JBS: R$ 155 milhões (média: R$ 32,8 milhões)
- PRIO: R$ 78,8 milhões (média: R$ 26,4 milhões)
- Hapvida: R$ 116,4 milhões (média: R$ 24,4 milhões)
- Cosan: R$ 84 milhões (média: R$ 22,3 milhões)
- Vale: R$ 189 milhões (média: R$ 20,9 milhões)
Menores remunerações foram para:
- Sabesp
- BR Partners
- Gol
- Ambipar
- Brisanet
As corporations pagam mais que empresas com controlador definido. Médias de remuneração:
- Corporations: R$ 9,4 milhões (47% a mais)
- Empresas com controlador: R$ 6,4 milhões
Executivos de empresas privadas ganham mais que os de estatais:
- Privadas: R$ 7,6 milhões
- Estatais: R$ 2,6 milhões (diferença de mais de 3x)
Nos conselhos, a média é:
- Privadas: R$ 1,4 milhão
- Estatais: R$ 200 mil (diferença de 7x)
A discrepância se deve à Lei das Estatais, que limita a remuneração dos diretores estatais ao salário do funcionário público mais alto do Brasil.
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