Remessas sob pressão: fintechs e cripto viram alternativas contra impostos de Trump
Fintechs e criptomoedas podem ser soluções efetivas para migrantes da América Latina enfrentarem o novo imposto sobre remessas nos EUA. Com custos de transação mais baixos e eficiência nas transferências, essas alternativas se destacam em um cenário econômico desafiador.
Fintechs, plataformas de câmbio de criptomoedas e neobancos podem ser soluções para migrantes latino-americanos diante do imposto de 3,5% sobre remessas nos EUA.
A proposta tributária avança e estas tecnologias oferecem opções para minimizar o impacto financeiro nas transferências, essenciais para as famílias na região.
O projeto faz parte do pacote legislativo do presidente Donald Trump, apresentado em 12 de maio. Segundo Erick Rincón Cárdenas, do TicTank, as fintechs estão se posicionando como alternativas viáveis.
Vantagens incluem custos mais baixos, transferências rápidas e a possibilidade de evitar impostos tradicionais em ecossistemas digitais descentralizados. Em 2022, a América Latina recebeu US$ 161 bilhões em remessas, com o México recebendo 96% delas dos EUA.
Stablecoins estão se tornando populares entre migrantes, permitindo manter o valor sem volatilidade, enquanto as fintechs tradicionais oferecem interfaces mais amigáveis.
Em 2022, o custo médio de envio de US$ 200 foi de 5,8%. Plataformas como Ualá e Global66 oferecem alternativas com taxas mais baixas. Por exemplo, Ualá não cobra taxa até MX$ 21.990 por mês.
A Bitso gerenciou 10% das remessas do México para os EUA, totalizando quase US$ 6,5 bilhões. Mais de 500.000 pessoas usam criptomoedas para transferências na América Latina.
A região recebeu 9,1% do valor global em criptomoedas entre jul/2023 e jun/2024, com Argentina e Brasil liderando. Apesar das vantagens, desafios incluem volatilidade, barreiras tecnológicas e regulamentações em evolução que podem impactar a adoção.
O aumento no número de startups de fintechs na América Latina, de 703 em 2017 para 3.069 em 2023, reflete a alta demanda e a necessidade de um ecossistema financeiro digital eficiente.