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Relembre as acusações feitas por Mauro Cid em delação premiada contra réus

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, inicia depoimentos que podem elucidar a trama golpista de 2022. A delação promete revelar detalhes sobre a tentativa de impedir a posse de Lula e a participação de figuras centrais do governo anterior.

O STF inicia hoje (9) a oitiva de réus no processo sobre a tentativa de golpe contra a posse de Lula em 2022.

O primeiro depoente é tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e principal delator do caso.

Os depoimentos, conduzidos pelo procurador-geral Paulo Gonet e pelo ministro Alexandre de Moraes, visam esclarecer omissões e contradições levantadas pela Polícia Federal desde a homologação da delação em setembro de 2023.

Em setembro, Moraes autorizou a liberdade provisória de Cid, após quatro meses de prisão. O acordo de colaboração previa redução de pena e imunidade em troca de informações sobre os crimes cometidos.

No entanto, em novembro, a Procuradoria-Geral pediu a prisão preventiva de Cid por sua ocultação de dados. Moraes rejeitou a prisão, mas impôs medidas de monitoramento.

A delação de Cid revelou que Bolsonaro tentou reverter o resultado eleitoral com o apoio militar, incluindo a edição de uma minuta de decreto para instituir “estado de defesa” e pressionar os chefes militares. Cid também mencionou um suposto plano de atentado, chamado "Punhal Verde", contra Lula, Alckmin e Moraes.

Bolsonaro confirmou a existência da minuta, mas negou que configurasse um golpe, o que contradiz a versão de Cid e reforça a investigação da PF.

Cid implicou outros nomes do governo Bolsonaro, como os ex-ministros Walter Braga Netto e Anderson Torres, no financiamento da operação.

A defesa de Bolsonaro contesta a delação, alegando coação e parcialidade. Esse julgamento pode definir limites da colaboração premiada e a responsabilidade de Bolsonaro e aliados em tentativas de subversão democrática no Brasil.

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