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Relator avalia estender aos municípios modelo de renegociação de dívida dos estados

PEC prevê renegociação das dívidas municipais com correção atrelada ao IPCA e condições de desconto nos juros. Proposta ainda passará por audiências públicas e discussões antes da votação final.

Relator da PEC de renegociação de dívidas de municípios, Baleia Rossi (MDB-SP), estuda modificar o índice de correção dos débitos, atualmente atrelado à Selic.

A proposta em discussão sugere aplicar os mesmos descontos de juros que foram oferecidos aos estados no programa de financiamento de dívidas aprovado no ano passado.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) deve sugerir uma emenda para alterar o texto, propondo que a correção seja pelo IPCA mais 4% de juros.

Condições de antecipação:

  • 20% da dívida: juros cancelados, apenas IPCA.
  • 10%: IPCA + 1%.
  • 5%: IPCA + 2%.
  • 0%: IPCA + 4%.

A correção com descontos só se aplicará a dívidas municipais diretamente com a União (INSS e Tesouro Nacional); dívidas de precatórios continuarão com correção de IPCA + 4%.

Dados das dívidas:

  • INSS: R$ 200 bilhões
  • Tesouro Nacional: R$ 4 bilhões
  • Precatórios: R$ 100 bilhões
  • Regime Próprio de Previdência: até R$ 50 bilhões

A proposta também amplia o prazo de pagamento de 60 para 300 meses.

A comissão especial ainda realizará audiências públicas na Câmara dos Deputados, com discussões previstas até o final do ano. Após análise, a PEC seguirá para o plenário, onde passará por dois turnos de votação.

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