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'Relação pessoal' é importante para Trump em negociações e Brasil não tem acesso à Casa Branca, diz ex-OMC

Roberto Azevêdo destaca a importância do relacionamento diplomático para resolver as tarifas de 50% impostas pelos EUA ao Brasil. No entanto, ele vê desafios significativos e um cenário pouco promissor para uma solução rápida.

Roberto Azevêdo, ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), defende que a solução para as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos ao Brasil depende de um bom relacionamento dos brasileiros dentro da Casa Branca.

Azevêdo, que liderou a OMC de 2013 a 2020 e atualmente é presidente Global de Operações da Ambipar, acredita que as chances de resolução no curto prazo são baixas.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, está à frente das negociações, o que, segundo Azevêdo, demonstra a importância do Brasil para o Comércio e facilita o diálogo com o presidente Lula.

No entanto, Azevêdo destaca que outros países que negociaram tarifas com o governo Trump enviaram representantes de alto escalão para Washington. Ele considera que a atuação de Alckmin, como vice-presidente, não permite esse tipo de estratégia, sendo incompatível com sua posição hierárquica.

Azevêdo observa que as tarifas contra o Brasil têm um caráter político, diferenciando a situação brasileira de países como o Japão, que conseguiram acordos comerciais.

Ele enfatiza a importância de continuar insistindo nas negociações, destacando que o mundo está revendo o sistema internacional. Segundo Azevêdo, tarifas de 10% agora são consideradas o piso nas negociações comerciais nos Estados Unidos, colocando outros países em uma situação delicada.

Confira a entrevista completa no link.

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