Reino Unido vai reconhecer Estado palestino se Israel não concordar com cessar-fogo em Gaza

Keir Starmer, primeiro-ministro britânico, declarou que o Reino Unido pode reconhecer o Estado da Palestina antes da Assembleia Geral da ONU em setembro, a menos que Israel atenda a quatro exigências.

• Pôr fim à "situação terrível" em Gaza;
• Alcançar um cessar-fogo;
• Garantir que não haverá anexações na Cisjordânia;
• Comprometer-se com um processo de paz que leve à solução de dois Estados.

Starmer expressou que o objetivo é ter "uma Israel segura e protegida ao lado de um Estado palestino viável e soberano". Ele também fará uma avaliação sobre o cumprimento das condições antes da cúpula da ONU, ressaltando que nenhuma parte terá poder de veto.

O premiê destacou a necessidade de libertação dos reféns e entrada de ajuda humanitária em Gaza. A situação humanitária em Gaza é alarmante, com o Ministério da Saúde local reportando mais de 60 mil mortes desde o início da ofensiva israelense.

Starmer também se referiu à situação intolerável em Gaza e ao risco de que a solução de dois Estados esteja desaparecendo. O reconhecimento do Estado palestino está em linha com um plano de paz em oito etapas que o governo britânico está desenvolvendo há algum tempo.

Na semana passada, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que a França reconhecerá oficialmente o Estado palestino em setembro, tornando-se o primeiro do G7 a fazê-lo. O Estado da Palestina é atualmente reconhecido por mais de 140 dos 193 Estados-membros da ONU.