Reino Unido, França e Canadá ameaçam ações contra Israel por bloqueio de ajuda a Gaza
Líderes do Reino Unido, França e Canadá fazem um apelo urgente para que Israel encerre suas operações militares em Gaza e permita a entrada de ajuda humanitária, sob a ameaça de "ações concretas". A situação em Gaza se agrava, com a ONU alertando para um desastre humanitário iminente e a morte de civis em meio ao conflito.
Reino Unido, França e Canadá alertaram Israel sobre "ações concretas" se a expansão de suas operações militares em Gaza continuar. O comunicado foi feito em 19 de maio.
Os líderes Keir Starmer, Emmanuel Macron e Mark Carney exigem que Israel interrompa suas operações militares e permita ajuda humanitária imediata em Gaza.
Desde 2 de março, não foram autorizados a entrar na região alimentos, combustíveis ou remédios. A ONU descreve a situação como um "preço desastroso" para a população palestina.
Tom Fletcher, da ONU, advertiu que 14 mil bebês podem morrer em 48 horas sem suprimentos de ajuda. Após o fim de um bloqueio de 11 semanas, apenas cinco caminhões chegaram à área, sem alcançar as comunidades necessitadas.
Netanyahu criticou o aviso, alegando que os líderes ocidentais estão oferecendo um "grande prêmio" ao Hamas. No entanto, permitiu a entrada de uma quantidade básica de alimentos em Gaza, mas planeja controlar totalmente o território.
Os líderes ocidentais condenaram a negação de assistência humanitária e a resposta "totalmente inadequada" de Israel, ressaltando a possibilidade de violação do Direito Internacional Humanitário.
Eles também pediram que o Hamas liberte os reféns do ataque de 7 de outubro de 2023 e reiteraram apoio a um cessar-fogo e à solução de dois Estados.
Netanyahu rebatizou essa sugestão como recompensa ao ataque ao Israel e solicitou que os líderes europeus seguissem a visão de Donald Trump para o conflito.
O presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, chamou a crise humanitária de Gaza de "tragédia", exigindo acesso à ajuda.
A decisão de Netanyahu de permitir a entrada de suprimentos foi criticada por seus aliados ultranacionalistas. Enquanto isso, mais civis palestinos continuam morrendo devido aos ataques israelenses.
Analistas apontam que Israel perdeu crédito político com o Reino Unido, França e Canadá, especialmente após um incidente em que médicos foram mortos durante operações militares em Gaza.
Os países ocidentais não especificaram as possíveis sanções que podem impor a Israel se suas operações não mudarem.
A França considera reconhecer a Palestina como Estado independente em uma conferência que ocorrerá em Nova York em junho, junto com o Reino Unido.