Reino Unido, Canadá e França ameaçam 'medidas concretas' caso Israel não cesse 'ações escandalosas'
Pressão internacional cresce sobre Israel após intensificação dos ataques em Gaza, com promessas de medidas concretas se não houver cessação das hostilidades. Mais de 20 países exigem a imediata retomada da ajuda humanitária ao território, em meio a uma crise humanitária alarmante.
Pressão Internacional sobre Israel
Nesta segunda-feira (19), diversos países aumentaram a pressão sobre Israel em resposta aos ataques na Faixa de Gaza.
Em nota conjunta, Reino Unido, França e Canadá ameaçaram "medidas concretas" se Tel Aviv não cessar suas "ações escandalosas" no território.
Os líderes afirmaram: "Sempre apoiamos o direito israelense de se defender, mas esta escalada é totalmente desproporcional."
A crítica incluiu a linguagem odiosa de autoridades israelenses e a violação do direito internacional com o deslocamento forçado de civis. Os três países afirmaram que não ficarão "de braços cruzados".
Foi mencionada uma conferência em Nova York para discutir a crise palestina e a intenção de reconhecer um Estado palestino.
Além disso, 22 países exigiram a "retomada completa da ajuda em Gaza", com suprimentos organizados pela ONU e ONGs. Eles ressaltaram que "a população enfrenta a fome."
A intensificação das ações militares por Israel, que incluiu operações terrestres, já resultou na morte de mais de 53 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu anunciou a suspensão parcial do bloqueio a suprimentos de ajuda. O Exército israelense permitiu a entrada de cinco caminhões da ONU com mantimentos, mas o chefe humanitário da ONU, Tom Fletcher, chamou a ajuda de "gota no oceano".
A nota dos 22 países alerta que a ajuda humanitária não deve ser politizada e que o território palestino não deve sofrer mudanças demográficas.