‘Rei do Lixo’ indicou ex-secretário de Educação de BH para facilitar desvio de emendas, diz PF
Bruno Barral é alvo de investigações por suposto envolvimento em esquema de desvio de emendas enquanto ocupava cargos na Educação em Salvador e Belo Horizonte. A Polícia Federal destaca sua participação em fraudes contratuais e vínculos com empresários acusados de liderar a organização criminosa.
Bruno Barral, ex-secretário de Educação de Belo Horizonte, foi exonerado pelo STF durante a Operação Overclean. Ele é investigado por suspeita de beneficiar empresários envolvidos em um esquema de desvio de emendas parlamentares.
A Polícia Federal (PF) está apurando trocas de mensagens entre Barral e Flávio Henrique de Lacerda Pimenta, ex-diretor na Secretaria de Educação de Salvador, que mostram uma atu ação coordenada para direcionar contratos à empresa Larclean Saúde Ambiental.
Um contrato sob suspeita refere-se à desinfecção de salas escolares para o retorno das aulas presenciais após a pandemia de covid-19. A PF afirma que Barral ajudou a fraudar a renovação do contrato com a Larclean.
A investigação indica que Barral tinha conhecimento dos ilícitos e atuou como integrante da organização criminosa liderada pelos irmãos Parente. Barral também teria laços com José Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, que influenciou sua indicação para o cargo em Belo Horizonte.
A PF recuperou conversas entre o ex-prefeito Fuad Noman e Moura, revelando negociações sobre a Secretaria de Educação, que culminaram na escolha de Barral para o cargo.
A decisão do STF menciona elementos indicutivos de graves violações de deveres funcionais e risco à regularidade das investigações. O Estadão busca contato com a defesa de Barral.