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‘Reforma do Código Civil está madura para seguir no Senado’, diz Salomão após protesto de advogados

Ministro do STJ avalia que reforma do Código Civil está pronta para votação no Senado. Associações de advogados pedem debate mais aprofundado sobre as mudanças propostas.

Ministro Luís Felipe Salomão, vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), declara que o anteprojeto de reforma do Código Civil está pronto para ser votado no Senado Federal.

O projeto busca atualizar a legislação, que está em vigor desde 2002, para atender às transformações sociais dos últimos 20 anos. Salomão ressalta que foram registradas 64 normas alteradas e mais de 50 propostas de modificação pendentes.

Recentemente, uma carta de 19 associações de advogados solicitou um debate mais aprofundado com a advocacia e academia, preocupados com a velocidade da tramitação e a possibilidade de votação até o final do ano.

Entre os principais objetivos da reforma estão:

  • Aumentar a autonomia de vontade das pessoas;
  • Desjudicializar processos;
  • Estimular o empreendedorismo;
  • Facilitar o ambiente de negócios.

A reforma proposta altera 1.122 artigos, incluindo mudanças significativas na abordagem de relação familiar e a inserção de regras sobre direito digital e uso de Inteligência Artificial.

Salomão, no entanto, acredita que as inovações não comprometem a essência do Código de 2002, sendo uma adaptação às necessidades sociais e jurídicas. Ele enfatiza que a jurisprudência e doutrinas consolidadas influenciam as propostas.

Oferecendo um amplo espaço para debates, a comissão de juristas que elaborou o relatório final convidou mais de 400 entidades para contribuir, realizando audiências públicas e debates em diferentes regiões.

Salomão ainda defende que as sugestões busquem promover liberdade e segurança jurídica, visando uma adequação ao entendimento legal vigente, sem desvirtuar o objetivo original do Código Civil.

As discussões estão em um momento crucial, com o ministro afirmando que o debate está maduro para prosseguir no Parlamento, e que é responsabilidade dos senadores decidir sobre o projeto.

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