Refém libertado pelo Hamas relata rotina de maus-tratos no cativeiro
Keith Siegel compartilha seu angustiante relato sobre o cativeiro no conflito entre Israel e Hamas. Com um apelo por libertação dos reféns ainda em Gaza, ele busca despertar a atenção internacional para a situação crítica dos cativos.
Atiradores do Hamas sequestraram um grupo de reféns, incluindo uma mulher, em um apartamento na Faixa de Gaza. A esposa de Keith Siegel foi escolhida e ameaçada com uma pistola. Siegel, junto com cerca de 250 outros reféns, foi sequestrado em 7 de outubro de 2023 durante o ataque do Hamas.
As condições no cativeiro eram insuportáveis: refeições escassas e água limitada. Siegel descreveu um momento de pânico ao testemunhar um "julgamento ao estilo medieval" onde a mulher era torturada.
Ele foi obrigado a ajudar a forçar uma confissão da refém. A experiência destacou o sofrimento que ele e outros reféns suportaram- 484 dias em cativeiro antes de ser libertado em 1º de fevereiro como parte de um acordo temporário entre Israel e Hamas.
Após sua libertação, Israel retomou os ataques em Gaza, resultando na morte de mais de 50 mil palestinos. Siegel e sua esposa, Aviva, também refém, têm buscado apoio internacional para a libertação dos demais capturados.
Siegel descreveu o sofrimento físico e psicológico que enfrentou, inclusive a pressão para gravar um vídeo com uma mensagem para sua família, que se tornou um momento angustiante ao ser transmitido sem cortes. Ele também compartilhou a experiência aterrorizante de ser ameaçado com uma pistola por um de seus captores.
Os captores frequentemente abusavam dele, negando alimentos e o mantendo em circunstâncias extremas. Durante o cativeiro, Siegel manteve sua sanidade contando os dias e permanecendo focalizado na libertação dos reféns.
Entretanto, os outros reféns ainda estão em Gaza há mais de 558 dias, e Siegel continua determinado a lutar por eles, dizendo que não pode descansar até que todos retornem.