Reduzir pena dos presos do 8 de Janeiro é “ótimo”, diz Jaques Wagner
Jaques Wagner defende projeto para redução de penas, destacando que não deve incluir anistia para mandantes. A iniciativa visa aliviar a pressão por uma anistia ampla no Congresso, em meio ao debate sobre a relação entre os Poderes.
Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, avaliou como “ótimo” um projeto para reduzir penas de condenados pelos atos de 8 de Janeiro.
Ele destacou que a medida não deve incluir anistia ou benefícios para mandantes e financiadores das invasões às sedes dos Três Poderes.
Wagner afirmou: “Não estou olhando para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que já está inelegível, e se depender de mim, pode ser candidato porque não me incomoda”.
O projeto, proposto por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), busca distensionar a relação entre os Poderes Legislativo e Judiciário.
Os presidentes do Senado e da Câmara estão articulando com ministros do STF para criar um projeto de lei que reduza penas dos detidos em 8 de Janeiro, como alternativa para barrar o avanço da proposta de anistia.
Wagner mencionou que “o Planalto não está à frente do assunto” e disse que a pressão vem do Parlamento para aprovar a anistia, visando comprar uma briga com o STF.
O projeto deverá ser apresentado por Alcolumbre em maio, permitindo que presos por atos menores sejam soltos ou transferidos para prisão domiciliar, com regras retroativas.
Esta proposta busca aliviar a pressão de bolsonaristas por uma anistia ampla, que poderia beneficiar o ex-presidente. Ministros como Alexandre de Moraes e Roberto Barroso já teriam apoiado a ideia.