Recuperação de Lula confirma que eleição de 2026 segue em aberto
O governo Lula busca consolidar sua popularidade através de políticas sociais e cortes de impostos. O sucesso dependerá da capacidade de transformar o capital político atual em resultados econômicos concretos até as eleições de 2026.
O governo Lula saiu da defensiva, beneficiado pela crise das tarifas com os EUA e pelo discurso em defesa da população. No entanto, não se deve interpretar esse novo fôlego como garantia de reeleição em 2026.
A popularidade futura do governo dependerá não só de discursos, mas de resultados palpáveis que melhorem a percepção econômica e alinhem Lula às demandas eleitorais.
O Planalto busca avanços em duas frentes:
- Políticas sociais
- Cortes de impostos
Essas ações precisam ser sustentadas por um ambiente de inflação controlada e crescimento.
Recentemente, o governo conquistou vitórias que reduzem o risco de derrapagem fiscal. A solução para os precatórios na PEC dos municípios fechou uma porta para expandir o espaço fiscal de maneira artificial antes das eleições. O apoio de Arthur Lira à isenção do imposto de renda também diminui o risco de perda de receitas em 2026.
Além disso, a possibilidade de uma decisão favorável do STF sobre o decreto do IOF ajuda a evitar alterações na meta fiscal. Com mais confiança, o governo reduz a chance de instabilidade econômica antes da eleição.
Se mantiver essa trajetória, o governo pode se beneficiar, durante a campanha, de um ambiente macroeconômico favorável com dólar e inflação mais baixos.
Contudo, nem todas as variáveis estão sob controle. O cenário internacional e as tarifas ainda precisam ser monitorados. Na oposição, há incertezas sobre os principais candidatos, com a possibilidade de novos nomes surgirem.
A mensagem é clara: o sucesso de Lula dependerá da capacidade de transformar o capital político atual em uma base econômica sólida rumo a 2026.