Reconhecimento do Estado palestino será pauta do encontro entre Lula e Macron
Reunião entre Lula e Macron discutirá formas de ampliar o reconhecimento da Palestina e a solução de dois Estados. O governo brasileiro visa fortalecer a pressão internacional em favor do Estado palestino, especialmente após recentas críticas à ofensiva israelense em Gaza.
Reunião bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Emmanuel Macron, na próxima semana em Paris, abordará a solução de dois Estados e o reconhecimento da Palestina.
Macron indicou que a França, tradicional aliada de Israel, pode reconhecer a Palestina e considerar sanções contra colonos israelenses. Ele destacou que esse reconhecimento é uma exigência política e um dever moral.
O governo brasileiro acredita que Israel sofreu uma derrota na opinião pública devido às mortes e bloqueios de ajuda humanitária em Gaza, impulsionando o reconhecimento do Estado palestino por mais países.
O Brasil reconheceu a Palestina em 2010, e, na América Latina, apenas o Panamá não reconhece. Atualmente, 147 dos 193 países-membros da ONU já reconheceram a Palestina, mas nenhum do G7 (EUA, Canadá, França, Alemanha, Inglaterra, Itália e Japão).
No ano passado, países como Espanha, Irlanda e Noruega também reconheceram o Estado palestino.
O Brasil foi oficialmente convidado para a reunião do G7 no Canadá, em 15 de junho, onde Lula também levantará o assunto da solução de dois Estados.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reuniu-se em Madri e pediu o fim das ofensivas israelenses, recebendo apoio de aliados tradicionais de Israel.
O Brasil também recebeu convite para copresidir um grupo de trabalho da ONU sobre a criação de um Estado palestino. Aumentar o reconhecimento do Estado palestino é uma prioridade do governo brasileiro, que também vai pressionar pela recuperação da UNRWA, após cortes de financiamento devido a acusações contra a agência.