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'Recessão do ESG é saudável e não deveria criar pânico', diz John Elkington, 'pai' da sustentabilidade

John Elkington alerta para uma recessão no ESG, afirmando que essa pressão é necessária para fortalecer a agenda de sustentabilidade a longo prazo. O economista enfatiza que as empresas devem assumir uma postura proativa e ouvir suas vozes políticas para garantir um futuro sustentável.

Agenda de sustentabilidade enfrenta recessão

O setor de ESG (ambiental, social e de governança) passa por um choque, que pode durar de cinco a seis anos, e até 15 anos para ser totalmente absorvido. Essa análise é de John Elkington, referência em sustentabilidade, durante o Fórum de Sustentabilidade Amcham 2025.

Segundo Elkington, essa retração é necessária para fortalecer a agenda no longo prazo:

  • "O ESG precisava desse choque."
  • "Sairemos mais fortes do que estaríamos de outra forma."

Ele ressalta que, embora o momento seja de turbulência, não deve criar pânico. A agenda de sustentabilidade permanecerá central para as estratégias empresariais futuras.

Elkington apresentou um gráfico sobre a curva de maturidade do ESG, mostrando que, após o pico de interesse nas metas de emissão líquida zero, houve forte pressão.
A expectativa é de recuperação após esse recuo.

Postura das empresas é vital

Com 50 anos de experiência, Elkington defendeu que as empresas devem:

  • Assumir uma postura clara em favor da sustentabilidade.
  • Encontrar formas de ter suas vozes políticas ouvidas.

Ele alertou que o setor deve ir além de simplesmente buscar prêmios ou liderar rankings, enfatizando a importância da regeneração.

Por fim, Elkington afirmou que, apesar dos retrocessos, a sociedade civil manterá a pressão por mudanças, destacando o papel da China como um exemplo de economia que se antecipou em áreas como energias renováveis e veículos elétricos.

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