Receitas do Hamas secam, e grupo enfrenta crise financeira em Gaza
O Hamas enfrenta a maior crise financeira de sua história, dificultando o pagamento de salários e a manutenção de sua estrutura militar. Apesar das dificuldades, o grupo continua a exertar controle na Faixa de Gaza, embora com crescente insatisfação popular.
O Hamas enfrenta a pior crise financeira e administrativa em 40 anos, lutando para manter suas operações e o governo na Faixa de Gaza.
Com os cofres vazios, o grupo não consegue pagar salários de soldados e tem recrutado adolescentes para vigilância e outras tarefas. O ex-oficial da inteligência israelense, Oded Ailam, afirma que o Hamas está apenas sobrevivendo, sem conseguir reconstruir seus túneis ou centros de comando destruídos.
A situação afeta também os policiais e funcionários do ministério em Gaza. O Hamas foi forçado a adotar medidas de austeridade, cortando salários e custos, enquanto tenta manter serviços básicos, como a gestão de lixo.
Nos primeiros meses do conflito, o Hamas arrecadou fundos cobrando taxas sobre cargas e confiscando bens humanitários. Contudo, autoridades como a ONU e grandes ONGs não encontram provas consistentes de roubo sistemático de suprimentos.
O grupo também sofreu grandes perdas: 90% de sua liderança e estoques de armas durante o conflito. Além disso, sua arrecadação de milhões de dólares a partir do comércio e ajuda humanitária foi prejudicada pela drástica redução de importações.
O Hamas tenta manter controle territorial usando medidas repressivas, intimidando críticos e aumentando o uso da força contra supostos ladrões de ajuda humanitária.
O descontentamento popular cresce à medida que a popularidade do Hamas diminui, com muitos cidadãos culpando a má gestão do grupo pelas consequências catastróficas da guerra.