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Realidade econômica de Brasília varia de Espanha à Índia

Desigualdade econômica marca os 65 anos de Brasília, com disparidades acentuadas entre regiões administrativas. Estudo aponta que áreas ricas concentram brancos, enquanto bairros pobres têm maioria de população negra e enfrentam graves problemas socioeconômicos.

Brasília celebra 65 anos nesta 2ª feira (21.abr.2025), evidenciando disparidades econômicas entre suas regiões administrativas.

No Lago Sul, a renda domiciliar per capita é de R$ 10.979, comparável a países europeus como a Espanha. Em contrapartida, na Estrutural, o rendimento é de apenas R$ 695, semelhante ao de Bangladesh.

Os dados são da Pdad (Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios) e são de 2021. As informações de 2024 estão em produção e serão publicadas no 2º semestre de 2025.

Se fosse um país, o Lago Sul superaria a Coreia do Sul em renda. Enquanto isso, a Estrutural está em patamar semelhante à Índia e Bangladesh.

O Índice de Gini do DF é de 0,566, tornando-o a 4ª unidade federativa mais desigual do Brasil.

Esse cenário é descrito pelo termo "Belíndia", proposto pelo economista Edmar Bacha em 1974, que ilustra o contraste social no Brasil.

Um estudo do Inesc, com apoio da Oxfam Brasil, revela que regiões ricas têm menos de 50% de autodeclarados pretos ou pardos, enquanto a pobreza se concentra em áreas com maior população negra e de baixa infraestrutura.

Além disso, as mulheres negras representam a maior parte do desemprego no DF e as regiões abastadas como Park Way, Lago Sul e Lago Norte são as que mais contratam serviços domésticos, geralmente prestados por mulheres negras de áreas empobrecidas.

Leia mais sobre os 65 anos de Brasília.

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