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Reação do Congresso e do mercado a aumento do IOF foi exagerada, diz Gleisi

Ministra Gleisi Hoffmann aponta que reação ao aumento do IOF foi exagerada e defende diálogo com o Congresso. O governo busca alternativas para evitar a revogação do decreto e garantir sustentabilidade fiscal.

Gleisi Hoffmann, ministra de Relações Institucionais, considerou exagerada a reação do Congresso e investidores ao decreto que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) no governo Lula.

Ela afirmou que a elevação do tributo era uma atribuição do presidente, mas o governo está disposto a rever a decisão em diálogo com o Congresso. "A grita foi muito grande", declarou, lembrando que mudanças no IOF não são inéditas.

Após a assinatura do aumento em maio, o Congresso ameaçou revogar o decreto. Para evitar a derrubada, o governo solicitou tempo e discutirá no próximo domingo (8) com líderes partidários medidas de corte de despesas.

Gleisi afirmou que propostas para compensar o recuo no IOF incluem:

  • mudança no Fundeb,
  • revisão de benefícios fiscais,
  • maior tributação de sites de apostas.

Ela destacou que a elevação do IOF foi um ajuste "dentro do marco regulatório do arcabouço fiscal". Gleisi, anteriormente crítica de cortes de gastos, agora vê compromisso com essas regras e afirma que o Brasil tem um quadro econômico positivo, citando a projeção de crescimento do PIB e a geração de empregos.

Gleisi negou contradições entre o cumprimento do arcabouço e programas para recuperar a popularidade de Lula rumo à reeleição em 2026. Embora auxiliares estejam preparando lançamentos, ela descartou propostas concretas para reajuste do Bolsa Família, enfatizando o compromisso com o salário mínimo acima da inflação.

Além disso, Gleisi espera que o Banco Central interrompa o ciclo de aumento da taxa básica de juros na próxima reunião, destacando que a estabilidade econômica agora pode permitir um controle maior da taxa. "Está na hora de essa taxa estancar e começar a diminuir", concluiu.

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