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Ramagem nega participação em trama golpista e diz ao STF que criticou urna para 'aprimorar' sistema

A defesa de Alexandre Ramagem afirma que ele não integrou o "núcleo crucial" da tentativa de golpe golpista e ressalta sua saída da Abin antes dos eventos de 2022. Os advogados alegam que suas publicações visavam apenas aprimorar a segurança das urnas eletrônicas e que ele se dedicou à disputa política após março de 2022.

Defesa de Alexandre Ramagem, deputado e ex-diretor da Abin, afirma ao STF que ele não participou de tramas golpistas para manter Jair Bolsonaro no poder e não duvidou da segurança das urnas eletrônicas.

Ramagem apresentou sua defesa prévia em ação penal contra ele, Bolsonaro e outros seis aliados, acusados de liderar uma tentativa de golpe de Estado. A Procuradoria-Geral da República (PGR) classifica o grupo como “núcleo crucial” da trama.

A defesa argumenta que Ramagem não faz parte desse núcleo, pois deixou a chefia da Abin em março de 2022, antes das eleições e dos atos de 8 de janeiro de 2023. Eles ressaltam que apenas integrantes do alto escalão do Governo Federal e das Forças Armadas compõem o núcleo.

A PGR alega que a trama golpista começou em junho de 2021. Ramagem teria tentado desacreditar a segurança das eleições e criado uma estrutura na Abin para monitorar opositores. Foram encontrados documentos com argumentos contrários ao sistema de votação.

A defesa contesta, afirmando que as falas de Ramagem buscavam o “aprimoramento do procedimento” do sistema eleitoral, e não sua deslegitimação. Eles destacam que suas publicações sempre defenderam a segurança das urnas.

Sobre os arquivos, a defesa diz que contêm apenas opiniões alinhadas ao pensamento de Bolsonaro. Argumentam que, ao se candidatar a deputado, Ramagem não teria tempo para participar de qualquer trama golpista, questionando logicamente a acusação.

Ramagem é réu por organização criminosa armada, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, e deterioração do patrimônio tombado.

O “núcleo crucial” também inclui ex-ministros e altos oficiais militares, como Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres, e o tenente-coronel Mauro Cid.

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