Raízen amplia venda de ativos e já vê interesse por refinaria na Argentina
Raízen busca reduzir sua dívida elevada através da venda de ativos, incluindo usinas de açúcar e sua operação na Argentina. Multinacionais como Trafigura e Glencore demonstram interesse na refinaria argentina da companhia, que pode trazer receitas significativas para reequilibrar suas finanças.
Raízen amplia ativos à venda devido a pressão financeira
A Raízen, braço de energia renovável do Grupo Cosan em parceria com a Shell, está ampliando o scopo de ativos à venda e já possui interessados na sua operação na Argentina, como a Trafigura e a Glencore.
Esta decisão é uma resposta ao endividamento elevado da companhia, um dos maiores problemas do Grupo Cosan, e as perspectivas apontam para dois anos para regularização financeira.
O BTG Pactual recebeu mandato para conduzir a venda. A multinacional busca desinvestir usinas de açúcar e álcool, com potencial de arrecadar até R$ 15 bilhões para equalizar sua alavancagem.
A Raízen opera mais de mil postos de combustíveis e ativos de GLP na Argentina, além da refinaria, adquirida da Shell por US$ 1 bilhão.
O CEO, Marcelo Martins, indicou que desinvestimentos substanciais serão necessários, e a alavancagem da empresa subiu para 3,2 vezes, com dívidas líquidas de R$ 34,26 bilhões.
Analistas consideram a venda de usinas sucroalcooleiras uma solução viável, podendo levantar de R$ 6,8 bilhões a R$ 7 bilhões, e que o ativo argentino é valioso, mesmo em uma fase delicada.
A Raízen já iniciou a venda da Usina de Leme por cerca de R$ 425 milhões e negociou 31 projetos solares por R$ 700 milhões no ano anterior. A Atvos também manifestou interesse em usinas da Raízen.
Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 22/05/2025, às 16:12.