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Raios-X do iPhone: decomposto em peças, aparelho expõe limites da guerra tarifária de Trump

A complexa cadeia produtiva do iPhone ilustra os desafios da guerra tarifária de Trump, com a maioria dos componentes fabricados fora dos EUA. Especialistas alertam que as tarifas poderiam elevar significativamente os preços do smartphone, afetando consumidores em diversos países, incluindo o Brasil.

Produção do iPhone: Um Complexo Sistema Global

O iPhone representa um esforço conjunto de mais de uma centena de empresas ao redor do mundo, com a maioria dos componentes vindo da Ásia. A guerra tarifária de Donald Trump inicialmente ameaçou aumentar significativamente os preços, mas aparelhos celulares foram isentados.

No último trimestre de 2024, o iPhone gerou 55,6% do faturamento da Apple. Sua montagem ocorre principalmente na China e na Índia, enquanto componentes como câmeras vêm de vários países, como Japão e Taiwan.

80% dos iPhones dos EUA são produzidos na China, com a Índia respondendo por quase 20%. A prática de tarifas implicaria em aumentos significativos, como estimado pelo banco UBS, que projetou um custo adicional de até US$ 675.

Analistas afirmam que realocar a produção para os EUA é caro e complexo. A Apple trabalha com 181 fornecedores em 27 países, sendo a China responsável por 33% da produção.

O impacto das tarifas não afeta apenas os EUA, mas também pode elevar os preços no Brasil, devido à interconexão das cadeias globais. Componentes podem ser taxados antes de chegarem aos consumidores brasileiros, encarecendo o produto final.

Trump, ao tentar ajustar um sistema complexo, enfrenta a realidade de que a produção globalizada já está profundamente enraizada e não pode ser desmantelada facilmente.

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