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Rafael Martins nega plano de “golpe” e contesta provas da PF

Tenente-coronel do Exército nega participação em mês e eventos golpistas. Ele questiona validade de provas apresentadas pela Polícia Federal durante audiência no STF.

Tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira negou, em depoimento ao STF nesta segunda-feira (28.jul.2025), ter participado de qualquer plano de monitoramento ou atentado contra o ministro Alexandre de Moraes.

Ele é um dos 10 acusados do chamado “núcleo 3” da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Rafael, conhecido como “Joe”, é identificado pela PF como integrante das Forças Especiais, vinculado à operação “Copa 2022” e ao plano “Punhal Verde e Amarelo”, elaborado pelo general da reserva Mário Fernandes.

No interrogatório, o militar afirmou que nunca teve acesso a minutas relacionadas ao plano golpista e que tomou conhecimento dos documentos apenas após sua prisão. Ele ainda afirmou que Mário Fernandes nunca apresentou o plano a ninguém.

Rafael criticou o fato de Moraes ser ao mesmo tempo a vítima e o relator da ação penal. Classificou-se como um “prisioneiro de guerra”. Contestou as provas contra ele, destacando que a principal evidência são dados obtidos por ERBs, que considerou irrelevantes.

Ele questionou a validade do documento “Copa 2022”, afirmando que a PF não conseguiu abrir o arquivo protegido por senha. "Como a PF me vincula a um arquivo que nem foi aberto?", indagou.

A audiência faz parte da fase de instrução do processo que investiga a participação de militares em ações para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Polícia Federal indicou que o golpe estava marcado para 15 de dezembro de 2022, data em que o ex-presidente Jair Bolsonaro deveria assinar um decreto. Na mesma data, o ministro Moraes poderia ser preso ou até morto pelos militares.

Mensagens do grupo “Copa 2022” revelam que os investigados estavam divididos em locais específicos para prender Moraes. Os integrantes do núcleo 3 são acusados de realizar ações de campo relacionadas ao monitoramento de autoridades públicas e pressionar o alto comando do Exército para concretizar o golpe.

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