Rafael Correa é personagem onipresente na corrida eleitoral no Equador
Rafael Correa, ex-presidente do Equador, acentua a polarização entre candidatos no segundo turno, com sua influência ainda prevalente apesar de sua condenação. A figura do ex-presidente persiste como um desafio político, impactando a campanha de Luisa González e a de Daniel Noboa, os principais concorrentes na disputa presidencial.
Rafael Correa, ex-presidente do Equador, é o verdadeiro protagonista das eleições de segundo turno neste domingo (13), mesmo condenado a oito anos de prisão por corrupção e vivendo asilado na Bélgica.
Daniel Noboa, atual presidente de direita, tenta a reeleição, enquanto Luisa González, ex-parlamentar e candidata de esquerda, é vista como a pupila de Correa.
Analistas afirmam que os votos de González representam o "correísmo", enquanto Noboa atrai os anticorreístas temendo o retorno de Correa ao poder.
Correa foi condenado em um esquema de subornos entre 2012 e 2016. Ele considera ser alvo de "lawfare", uma perseguição jurídica política.
Ao contrário do que aconteceu no Brasil em 2018 com Lula, Correa não aparece nas campanhas de González. Ela tenta dissociar sua imagem da dele, embora sua ligação ainda seja evidente.
Os desafios de González incluem conquistar o apoio de indígenas e lidar com críticas sobre sua política externa, especialmente em relação à Venezuela.
Os votos de Leonidas Iza, líder indígena que anunciou apoio à sua candidatura, são cruciais. Juntamente com os votos brancos e nulos, eles totalizam uma parcela significativa de apenas 0,17 ponto percentual entre Noboa e González no primeiro turno.
Correa, figura emblemática da onda rosa na América Latina, ainda influencia a política equatoriana anos após deixar a presidência.