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“Quero ser tratado com respeito”, diz Lula sobre Trump ao NYT

Lula critica ameaças de Trump e defende a soberania do Brasil em relação a tarifas elevadas. Presidente brasileiro enfatiza a importância do respeito nas relações diplomáticas e a importância do Estado democrático de direito.

Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ao New York Times que Donald Trump está pressionando o Brasil, ameaçando tarifas de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de setembro. Em sua primeira entrevista ao jornal em 13 anos, Lula destacou a seriedade do assunto e disse: “seriedade não requer subserviência”.

O NYT chamou a medida de “uma das tarifas mais altas” impostas a qualquer país por Trump e observou que o Brasil é alvo político, ligado ao apoio de Trump a Jair Bolsonaro, que foi acusado de tentativas de coup após as eleições de 2022.

Lula criticou a forma “vergonhosa” do anúncio das tarifas via rede social, afirmando que “discussões devem ser feitas em reuniões” e não por ultimatos. Ele enfatizou que o Brasil não irá negociar como um país pequeno e reconheceu a importância da economia dos EUA, mas afirmou: “isso não nos deixa com medo”.

O jornal descreveu Lula como um dos líderes latino-americanos mais importantes, que se opõe a Trump no cenário mundial, e destacou suas declarações sobre soberania. Lula mencionou que, se o ocorrido no Capitólio em 6 de janeiro tivesse ocorrido no Brasil, Trump também enfrentaria consequências legais.

O presidente afirmou estar considerando tarifas de retaliação, mas alertou que isso impactaria consumidores de ambos os países, resultando em uma relação perde-perde ao invés de ganha-ganha.

O NYT também ressaltou que Trump vinculou as tarifas a críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à revogação de vistos de ministros e suas famílias, enquanto aliados de Bolsonaro pressionam por sanções contra Alexandre de Moraes. Lula respondeu que a Suprema Corte deve ser respeitada “não apenas pelo seu país, mas pelo mundo”.

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