Quem são os drusos e por que Israel diz que 'não vai tolerar qualquer ameaça' a eles na Síria
O aumento da violência sectária na Síria reflete a instabilidade do país após mais de uma década de guerra civil. Com a recente intervenção israelense, a situação dos drusos se torna ainda mais crítica e preocupante.
Nova onda de violência sectária na Síria destaca a frágil situação de segurança do país.
No domingo (13/7), o sequestro de um comerciante druso gerou confrontos mortais entre milícias drusas e combatentes beduínos sunitas.
Israel interveio militarmente dois dias depois, com o objetivo de proteger os drusos e atacar as forças pró-governo em Sweida.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos reportou que pelo menos 300 pessoas foram mortas na área desde o início dos conflitos.
Esses confrontos são os mais recentes desde uma série de incidentes em abril e maio, que resultaram em dezenas de mortes.
O novo governo, liderado por Ahmed al-Sharaa, promete proteger as minorias, porém a desconfiança persiste, especialmente entre os drusos.
Com cerca de 1,5 milhão de drusos mundialmente, a maioria reside na Síria, especialmente em Sweida, uma região atualmente tensa.
Israel continuou a bombardear forças do governo sírio, alegando que este pretendia usar armamentos contra os drusos.
A Síria condenou as intervenções de Israel. Netanyahu assegurou não tolerar ameaças contra a comunidade drusa.
Quem são os drusos?
- Comunidade étnica e religiosa de língua árabe.
- Origem no islamismo xiita, autodenominam-se al Muwahhidun.
- Aproximadamente 700 mil drusos vivem na Síria, principalmente em Sweida.
- Proibido casamento fora da comunidade; conversões são impossíveis.
Histórico de lealdade dos drusos ao governo de Bashar al-Assad no passado. Recentemente, surgiram novos conflitos após a chegada de grupos islâmicos ao poder em 2024.
Um ataque a um líder religioso druso no fim de abril gerou uma nova onda de violência sectária, levando a operações de segurança do governo, enquanto Israel manteve ataques a tanques do regime.