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Quem está sendo preso pelo ICE nos EUA durante o governo Trump?

Protestos e detenções crescem nos EUA após a intensificação das operações de imigração do governo Trump, que mira não apenas criminosos, mas também imigrantes sem antecedentes e estudantes. Com o aumento das prisões, tanto turistas quanto residentes enfrentam incertezas em meio à política rigorosa de deportação.

Durante a campanha eleitoral, Donald Trump prometeu: "No meu primeiro dia, vou lançar o maior programa de deportação de criminosos da história dos Estados Unidos".

As pesquisas indicaram que essa promessa era popular, mesmo entre imigrantes legais que viam a imigração ilegal como um problema.

Desde que assumiu, Trump expandiu sua estratégia: agora busca não apenas criminosos, mas também trabalhadores imigrantes, estudantes ativistas e turistas com problemas de visto.

Os protestos começaram em Los Angeles, após batidas de imigração intensificadas em locais de trabalho.

Em junho, o número de imigrantes detidos pelo ICE superou 51 mil, o maior desde setembro de 2019. Espera-se que o ICE chegue a até 3 mil prisões diárias, um aumento significativo em relação às 660 prisões diárias iniciais.

Dados mostram que 44% dos imigrantes detidos não possuem antecedentes criminais, além de terem apenas entrado no país sem autorização.

Os protestos em Los Angeles, que resultaram em 118 prisões, incluíram individuos com histórico criminal, mas muitos não tinham qualquer registro policial.

Turistas também foram afetados: uma cidadã do País de Gales ficou 19 dias detida, e o influenciador Khabi Lame foi detido por ultrapassar o prazo do visto.

Prisão de "inimigos estrangeiros": Mais de 250 pessoas de El Salvador foram transferidas para uma megaprisão, embora muitos neguem qualquer ligação com gangues.

Casos de deportação errada: Kilmar Ábrego García foi deportado, apesar de juízes terem determinado que foi um erro, e retornou para enfrentar acusações.

Estudantes também foram afetados: 1,6 mil vistos de estudantes foram revogados, incluindo aqueles envolvidos em protestos.

Estes casos geraram críticas intensas, mas o ICE defende suas ações, alegando que as detenções eram justas.

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