Quem eram os espiões de Putin que agiam no Brasil, e o que faziam
Investigação revela como espiões russos utilizaram o Brasil como base para desenvolver identidades falsas e realizar atividades de espionagem. Com documentos e histórias forjadas, vários agentes conseguiram circulação internacional, dificultando suas identificações e operações.
Investigação do The New York Times revela que a Rússia usou o Brasil como base para espiões chamados "ilegais".
Operação audaciosa: Espiões apagaram suas identidades russas, criando novas vidas no Brasil. Utilizaram fragilidades do sistema para obter certidões e passaportes falsos.
Gerhard Daniel Campos Wittich: Nome falso de Artem Shmyrev, espião que morou no Rio e voltou à Rússia em janeiro de 2022. Ele e a esposa, Irina Romanova (Maria Tsalla), viviam romances enquanto operavam.
Serguei Cherkasov: Preso no Brasil, usava documentos falsos como estudante. Teve acesso ao governo dos EUA e foi investigado por espionagem e lavagem de dinheiro. O STF aprovou pedido de extradição, mas as apurações devem ser concluídas primeiro.
Mikhail Mikushin: Preso na Noruega atuando como pesquisador. Ele tentava criar uma rede de contatos para acesso a informações confidenciais.
Aleksandr Utekhin: Fingia ser joalheiro brasileiro antes de desaparecer, suspeita-se que tenha voltado à Rússia.
Outros espiões: Casal Danilov se apresentou como brasileiros e desapareceu em Portugal. Outros três agentes deixaram o Brasil para o Uruguai, usando identidades falsas.
Resultado da investigação: Nove agentes russos identificados com documentos brasileiros, dificultando sua atuação futura como espiões.
Informações complementares: Estadão Conteúdo e agências internacionais.