Quem era Hossein Salami, o chefe da Guarda Revolucionária iraniana morto em ataque de Israel
Morte de Hossein Salami marca um golpe significativo para o regime iraniano, intensificando as tensões com Israel. O comandante era uma figura crucial na estratégia militar e política do Irã, especialmente em relação ao apoio a grupos armados no Oriente Médio.
Hossein Salami, comandante do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), foi eliminado em ataques israelenses nesta sexta-feira (13/06), no horário local, confirmando sua morte pelos meios estatais de Teerã.
Salami ingressou na Guarda Revolucionária em 1980 e destacou-se por sua retórica contundente contra os EUA e aliados. Desde 2000, sua participação nos programas nucleares e militares do Irã resultou em sanções do Conselho de Segurança da ONU e dos EUA.
Em 2024, ele foi responsável pelo primeiro ataque militar direto do Irã contra Israel, utilizando mais de 300 drones e mísseis. Recentemente, declarou que o Irã estava "totalmente preparado" para qualquer conflito, ressaltando sua experiência em guerras.
Guarda Revolucionária e sua importância
- O IRGC foi criado para defender o sistema islâmico do Irã após a revolução de 1979.
- É uma força militar, política e econômica significativa, com laços estreitos com o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei.
- Estima-se que o IRGC tenha mais de 190.000 militares ativos e supervisione as armas estratégicas do país.
- Controla a Força de Resistência Basij, que reprime dissidências, e bonyads, que gerenciam parte da economia.
- Exerce influência no Oriente Médio por meio da Força Quds, que apoia grupos aliados.
A Força Quds é acusada pelos EUA de apoiar organizações terroristas e de estar envolvida em ataques que resultaram na morte de centenas de militares americanos. Em 3 de janeiro de 2020, os EUA eliminaram o general Qasem Soleimani em um ataque de drone, levando a um aumento das tensões na região.