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Quem é Rubinho Nunes, vereador cassado por laudo falso sobre Boulos nas eleições

Vereador Rubinho Nunes tem mandato cassado por disseminar fake news durante campanha eleitoral, evidenciando seus laços com o influenciador Pablo Marçal. A decisão da Justiça Eleitoral resulta em inelegibilidade por oito anos após publicação de laudo médico falso.

Vereador Rubinho Nunes (União) teve o mandato cassado e foi declarado inelegível por oito anos pela Justiça Eleitoral. A decisão ocorreu após o compartilhamento de um laudo médico falso durante a campanha à Prefeitura da capital em 2024.

O laudo, compartilhado no Instagram de Rubinho, atribuía ao deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) um suposto tratamento por uso de drogas. A informação foi divulgada na véspera do primeiro turno das eleições e, após perícia, comprovou-se como falsa.

A aproximação de Rubinho com o influenciador Pablo Marçal (PRTB) durante o pleito foi destacada. Embora tivesse inicialmente apoiado a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), o vereador rompeu com a campanha em agosto de 2023.

Rubinho foi eleito pela primeira vez em 2020, com mais de 33 mil votos, e reeleito em 2024, com 101 mil votos. Sua trajetória política incluiu a possibilidade de ser presidente da Câmara, frustrada pela afirmação de Nunes sobre “caráter”.

No legislativo, Rubinho destacou-se por suas polêmicas, defendendo projetos contra a participação de crianças e adolescentes em eventos LGBTQIA+ e propondo proibição da linguagem neutra nas escolas municipais. Ele também tentou barrar procedimentos médicos relacionados à transição de gênero em jovens na rede municipal de saúde.

Controvérsias passadas incluem uma CPI contra o padre Júlio Lancellotti e um projeto que previa multas para distribuição de alimentos a pessoas em situação de rua sem autorização. Advogado por formação, Rubinho se consolidou na nova direita paulistana, ganhando destaque em 2016 com um pedido de impeachment contra o ministro Marco Aurélio Mello e, em 2018, ao suspender benefícios ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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