Quem é Gavin Newsom, o governador da Califórnia que Trump ameaçou prender
Newsom se destaca como figura central no Partido Democrata, enfrentando a administração Trump e lidando com desafios como a crise da habitação na Califórnia. Seu perfil progressista e combativo reforça sua imagem como um potencial candidato à presidência nas próximas eleições.
Gavin Newsom, governador da Califórnia e líder do Partido Democrata, é cogitado como favorito para suceder Joe Biden na corrida presidencial de 2024. Sob o governo de Donald Trump, Newsom tem se destacado por sua postura combativa e foi recentemente ameaçado de prisão.
No segundo mandato à frente da Califórnia, o estado mais populoso dos EUA, Newsom enfrentou novos desafios, como os confrontos entre manifestantes e policiais devido à política de imigração de Trump.
Trump enviou 4.700 militares a Los Angeles, e Newsom processou a Casa Branca, considerando a medida provocativa.
O responsável pela fronteira, Tom Homan, ameaçou prender Newsom e a prefeita de Los Angeles, Karen Bass, caso obstruíssem a aplicação da lei de migração.
Newsom tem defendido políticas progressistas, como energia limpa e direitos de migrantes, e criticado estados republicanos em temas como controle de armas e direito ao aborto.
A trajetória política de Newsom começou em 1996. Ele ganhou notoriedade ao autorizar casamentos homoafetivos como prefeito de San Francisco em 2004 e foi eleito vice-governador em 2010, antes de se tornar governador em 2018.
Ele enfrentou um processo de recall por sua gestão da pandemia, mas foi reeleito em 2022. Apesar de sua popularidade, enfrenta desafios, especialmente na área da habitação, com um recorde de mais de 187 mil pessoas em situação de rua.
Recentemente, Newsom se apresentou como um político moderado, entrevistando aliados de Trump em seu podcast.
Nascido em San Francisco, em 1967, com dislexia, ele se formou em administração e trabalhou no setor privado antes de entrar na política. Sua eloquência e perfil midiático alimentam especulações sobre sua candidatura à presidência, mesmo com apoio a Biden nas eleições de 2024.