Quem é Alessandro Stefanutto, presidente do INSS afastado após operação da PF contra sindicatos que descontaram R$ 6,3 bi
Presidente do INSS é afastado durante operação da PF que investiga esquema de descontos irregulares em aposentadorias. A ação resulta em 211 mandados de busca e apreensão em diversos estados do Brasil.
Afastamento de Alessandro Stefanutto, presidente do INSS, ocorre por decisão da Justiça. Ele é aliado do ministro da Previdência, Carlos Lupi, e servidor de carreira.
Stefanutto, filiado ao PSB, foi nomeado após ser técnico da Receita Federal e procurador da Advocacia-Geral da União. Anteriormente, atuou como diretor de Orçamento no INSS em 2023 e procurador-geral entre 2011 e 2017. Também integrou a equipe de transição do governo Lula na Previdência.
Operação "Sem desconto": A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União realizam operação visando um esquema de descontos não autorizados feitos por sindicatos, que cobraram R$ 6,3 bilhões de aposentados entre 2019 e 2024.
- 211 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
- Mais de R$ 1 bilhão em bens sequestrados.
- Seis mandados de prisão temporária.
Investigados podem responder por corrupção, violação de sigilo funcional, lavagem de capitais, entre outros crimes. Seis servidores foram afastados, e houve busca na Diretoria de Benefícios do INSS.
A arrecadação sindical por descontos de mensalidades associativas cresceu significantemente no governo Lula, passando de R$ 30,7 milhões em 2022 para R$ 88,6 milhões. Esses descontos exigem autorização prévia dos beneficiários, mas beneficiários se queixam de cobranças não autorizadas. Vários processos judiciais estão em andamento.
Chinelo, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados do Brasil e aliado de Lupi, enfrenta várias acusações de descontos irregulares. Apesar disso, foi nomeado para o Conselho Nacional da Previdência Social.