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Quem assinou urgência para anistia decidiu ‘romper com o governo’, diz Lindbergh

Lindbergh Farias critica deputados da base Lula que apoiaram urgência para anistia a responsáveis por ataques de 8 de janeiro. O líder do PT afirma que essa ação pode representar um rompimento com o governo e ameaça a Constituição.

Deputado Lindbergh Farias (RJ), líder do PT na Câmara, criticou deputados de partidos da base governista que assinaram o requerimento de urgência para o “PL da anistia”, protocolado em 14 de outubro.

Esse projeto prevê o perdão a pessoas condenadas pelos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

Das 262 assinaturas coletadas, 146 são de parlamentares do União Brasil, Progressistas, Republicanos, PSD e MDB, partidos com ministérios no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em entrevista à GloboNews, Lindbergh destacou que o governo deve cobrar os apoiadores da anistia, responsáveis por mais de 56% do apoio ao requerimento.

Ele afirmou: “Não é o governo que está retaliando, é o deputado que está fazendo opção de romper com o governo. Não é razoável o governo aceitar alguém que queira anistiar quem tentou matar o Lula”.

Lindbergh acusou os signatários de se associarem a um projeto criminoso para anistiar o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O União Brasil lidera com 40 assinaturas, seguido por Progressistas (35), Republicanos (28), PSD (23) e MDB (20).

Ele ressaltou que a urgência “não muda rigorosamente nada” e que conseguir assinaturas não garante que o projeto será pautado para votação.

A ministra Gleisi Hoffmann (PT) também concorda que as assinaturas não garantem a tramitação do projeto, dizendo que Motta não pautará o texto.

De acordo com apurações do Estadão, Motta busca soluções alternativas entre os Poderes e prometeu evitar pautas de urgência para valorizar o trabalho das comissões.

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