Queda do déficit primário em fevereiro ante igual período de 2024 decorre de pagamento de precatórios, diz Rocha
Fernando Rocha explica que a redução do déficit primário do setor público é resultado do pagamento de precatórios em 2024. Ele destaca que, sem esses pagamentos, os déficits de 2024 e 2025 seriam equivalentes.
Queda do déficit primário do setor público consolidado explicou pelo pagamento de precatórios em 2024, diz Fernando Rocha, chefe do departamento de Estatísticas do Banco Central (BC).
A afirmação foi feita em entrevista coletiva nesta terça-feira (08), onde ele detalhou a nota de política fiscal referente a fevereiro.
Entre fevereiro de 2024 e o mesmo período de 2025, o déficit recuou de R$ 48,7 bilhões para R$ 18,9 bilhões.
Em fevereiro do ano passado, o governo federal pagou R$ 30,8 bilhões em precatórios, o que não ocorreu este ano.
Rocha destacou que, descontando os precatórios, os déficits dos dois anos foram equivalentes.
Na comparação, o déficit do governo central passou de R$ 57,8 bilhões para R$ 28,5 bilhões, e o superávit dos governos regionais subiu de R$ 8,6 bilhões para R$ 9,2 bilhões.
Ele afirmou que toda a melhora em relação ao ano passado é atribuída ao governo central.
Além disso, os juros pagos pelo setor público aumentaram R$ 13,1 bilhões em relação a fevereiro de 2024, devido à alta da dívida pública e da Selic.
A variação com swaps gerou uma receita de R$ 7,4 bilhões nesse período.