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Queda de 787 testa liderança de CEO da Boeing e lança sombra sobre retomada da empresa

Accidente com o Boeing 787 Dreamliner reacende preocupações sobre segurança e crise na companhia. CEO Kelly Ortberg enfrenta novo desafio em meio à tentativa de recuperação da fabricante de aviões.

CEO da Boeing, Kelly Ortberg, enfrenta nova crise após acidente com o 787 Dreamliner na Índia, resultando na morte de 241 pessoas. Este incidente ressuscita preocupações sobre a segurança dos produtos da empresa.

Nos seus primeiros nove meses, Ortberg lidou com crises financeiras, insatisfação entre funcionários e uma guerra comercial entre os EUA e a China. O acidente aconteceu após um período de reconhecimento e recuperação da Boeing.

As ações da Boeing caíram quase 5% após a notícia do acidente. Richard Aboulafia, consultor aeroespacial, afirma que a resposta rápida é crucial neste momento. Ortberg expressou condolências e apoio à investigação do acidente.

Dúvidas surgem sobre a participação da Boeing no Salão Aeronáutico de Paris, já que a empresa evita a impressão de priorizar vendas enquanto as vítimas ainda são retiradas do local. Ken Herbert do RBC Capital Markets alerta que o acidente pode ofuscar a presença da Boeing no evento.

Imagens sugerem uma perda de potência no avião, mas experts consideram improvável que o problema esteja relacionado ao design ou fabricação do Dreamliner, que opera há 11 anos na Air India.

Ortberg, que retornou da aposentadoria para liderar a Boeing, foca em promover uma cultura de respeito e comprometimento. No entanto, a fabricante ainda enfrenta desafios após o quase desastre com o 737 Max e as repercussões negativas dessa crise.

Enquanto a Boeing havia registrado um aumento nas encomendas, o acidente ameaça estagnar esse impulso. O Dreamliner no acidente foi um dos primeiros fabricados, em um período em que a Boeing terceirizava grandes partes do projeto para reduzir custos.

Embora o Dreamliner tenha se tornado confiável, Plueger, CEO da Air Lease, destaca que a Boeing precisa consistentemente entregar aeronaves de alta qualidade e sem problemas de segurança para evitar mais crises.

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