'Quase perdi o pênis após 3 preenchimentos': o que está por trás da febre da harmonização peniana no Brasil

Jorge passou por duas cirurgias para reconstruir seu pênis após complicações de procedimentos estéticos com PMMA, um acrílico que fica permanente no organismo.

Convencido por propagandas enganosas, ele fez a primeira aplicação em 2005 em São Paulo, e depois repetiu o procedimento no Distrito Federal, buscando sempre a aprovação de médicos.

Após a terceira aplicação, ele começou a sofrer com inflamações severas e feridas na pelve, tornando-se necessário realizar cirurgias para remover o PMMA.

Os urologistas Ubirajara Barroso Jr. e outros especialistas indicaram alternativas mais seguras, como ácido hialurônico, para aumentar o pênis. Jorge sugere que todos os homens "fujam das propagandas fantasiosas" antes de qualquer procedimento.

A popularidade da harmonização peniana cresceu com as redes sociais, embora não existam dados oficiais sobre a quantidade de procedimentos realizados.

Os médicos destacam que existem opções seguras, como a lipoaspiração da pelve, mas alertam sobre riscos e a importância do acompanhamento profissional.

A busca por intervenções penianas muitas vezes está ligada a questões de autoestima, mas é preciso avaliar se o desejo é realmente autônomo ou decorrente de dismorfia corporal.

Os especialistas defendem o cuidado com a saúde mental e apontam que, muitas vezes, a percepção do tamanho peniano é influenciada por padrões de beleza irrealistas da sociedade.

A Sociologia Brasileira de Urologia indica que os procedimentos estéticos na região genital estão crescendo, mas ressaltam que o conhecimento técnico e o risco de complicações graves devem ser considerados.

Em resumo, a busca por aumento peniano deve ser feita com cautela e supervisão médica, priorizando saúde e bem-estar. Jorge aprendiu a importância de enriquecer os conhecimentos em saúde antes de tomar decisões baseadas em promessas enganosas.