Quase 1 milhão de famílias deixam de receber Bolsa Família graças a alta na renda

Quase 1 milhão de famílias deixaram de receber a ajuda do programa Bolsa Família em julho, resultando em uma redução de beneficiários de 20,5 milhões em junho para 19,6 milhões. Esta é a menor quantidade desde a reformulação do programa em março de 2023.

Nos dados históricos, o número é o menor desde julho de 2022, quando havia 18,1 milhões de famílias beneficiadas. A secretária nacional de Renda de Cidadania, Eliane Aquino, destacou que a diminuição foi positiva, com 536 mil famílias ultrapassando o prazo de 24 meses sob proteção e 385 mil ascendendo a rendimentos superiores a meio salário mínimo.

Com o aumento do rendimento domiciliar, ao todo, 921 mil famílias saíram do programa. Eliane Aquino mencionou a importância de desmistificar a relação entre emprego formal e benefícios.

Atualmente, 2,68 milhões de famílias ainda estão sob a regra de proteção e, se mantiverem suas rendas, poderão sair do programa futuramente. O governo também tem feito parcerias para incentivar contratações de beneficiários.

Dos 11,7 milhões de admissões registradas de janeiro a maio de 2025, 2,01 milhões foram de beneficiários do Bolsa, resultando em um saldo positivo de 606,4 mil empregos formais no grupo.

A secretária reconhece desafios, como a informalidade, e especialistas sugerem um acompanhamento mais próximo e incentivos ajustados para beneficiar quem se formaliza.

Em maio, novas regras foram implementadas, restringindo o acesso à proteção e reduzindo o prazo para 12 meses. Essa saída de famílias do Bolsa pode redistribuir os recursos orçamentários para atender novas demandas, aliviando a pressão sobre as despesas do governo.