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Quanto tempo pode durar a guerra entre Israel e Irã — e como ela pode terminar

Conflito entre Israel e Irã se intensifica com bombardeios, resultando em mais de 200 mortes no Irã e 24 em Israel. A situação complica-se com a possibilidade de escalada envolvendo potências mundiais e a resistência iraniana a acordos nucleares.

Israel iniciou um ataque ao Irã na sexta-feira, 16, que resultou em mais de 200 mortos no Irã e 24 em Israel até esta segunda-feira. As perspectivas do conflito permanecem incertas.

O governo israelense afirma que o ataque tem como foco instalações nucleares iranianas para impedir a construção de uma bomba atômica. O premiê Benjamim Netanyahu declarou que Israel obteve informações de que o Irã está próximo de conseguir uma arma nuclear.

A meta israelense pode ser alcançada de duas maneiras:

  • Destruir instalações físicas e causar danos à economia iraniana.
  • Negociar um acordo para conter o programa nuclear do Irã.

Ambas as opções enfrentam desafios significativos. Daniel Shapiro, ex-responsável pela área do Oriente Médio do Pentágono, afirmou que o fim do conflito pode estar a “semanas de distância.”

Israel enfrenta dificuldades para atacar instalações como Fordo, que fica no subsolo. As bombas disponíveis não são suficientemente poderosas, e a identificação das usinas é complexa. Até o momento, as principais instalações não sofreram danos significativos.

Outra saída para a crise seria um novo acordo do Irã para não desenvolver armas nucleares, semelhante ao feito em 2015. Contudo, os ataques estão afastando o país dessa possibilidade, com autoridades iranianas cancelando uma reunião sobre o tema.

O Irã afirma ter o direito de realizar pesquisas nucleares pacíficas e já considera retirar-se do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.

A escalada do conflito pode ser exacerbada com o envolvimento de outros países. Até o momento, os Estados Unidos evitam participação direta, embora possam intervir se o Irã atacar suas bases. O presidente Donald Trump ainda promete não envolver os EUA em novas guerras.

Enquanto isso, o Irã pode receber apoio de aliados regionais, como os rebeldes houthis do Iémen, além de grupos como Hamas e Hezbollah, que estão limitados após ataques anteriores de Israel.

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