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Quanto poder um papa realmente tem?

Papa Francisco deixa um legado de influência global, unindo fé e política em um mundo em transformação. Apesar de desafios e críticas, sua liderança permanece vital para milhões de católicos e o diálogo diplomático internacional.

Mais de 1,4 bilhão de pessoas são católicas, representando cerca de 17% da população mundial, segundo dados do Vaticano.

O papa Francisco, que faleceu em 21 de outubro de 2024, atraiu multidões em suas viagens, como a missa em Timor-Leste e no Kinshasa, na República Democrática do Congo.

O papa lidera a Igreja Católica e o Estado da Cidade do Vaticano, possuindo relações diplomáticas plenas com 184 países e participando da ONU como observador permanente.

Em 2015, criticou a "indiferença arrogante" dos que priorizam interesses financeiros sobre a proteção do clima. Em 2024, a Santa Sé bloqueou a discussão de direitos das mulheres na cúpula climática da ONU, mostrando sua influência em acordos globais.

O papa foi fundamental para a normalização das relações entre Estados Unidos e Cuba, elogiado pelos ex-presidentes Barack Obama e Raúl Castro.

A contribuição da Igreja para a democracia é notável, com o professor Daved Hollenbach destacando a influência católica nas transições para a democracia, especialmente em países como Polônia e Filipinas.

No entanto, a influência do Vaticano não é unânime. Críticas surgiram de líderes como o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, destacando a resistência a posições progressistas da Igreja.

A influência da Igreja na Europa e América Latina diminui, com crescimento de cristãos evangélicos e novas legislações sobre aborto que desafiam sua doutrina. Revelações sobre abusos sexuais também afetaram sua reputação.

Ainda assim, o papa mantém influência significativa globalmente, moldando debates relevantes através de sua posição única como líder religioso e chefe de Estado.

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