Quando uma autodeclarada luta antirracista cai em simplismos indefensáveis
Estudo revela a ancestralidade genética da população brasileira, destacando a miscigenação como uma realidade científica, não apenas sociológica. A discussão sobre raça e racismo se complica, desafiando visões simplistas sobre a formação da identidade nacional.
A miscigenação brasileira é comprovada cientificamente por um estudo da USP, que analisou o DNA de 2,7 mil pessoas.
A ancestralidade média da população é:
- 58,9% europeia
- 27,2% africana
- 13,3% indígena
- 0,54% asiática
Embora a genética mostre dados claros, práticas racistas e a ideia de raças persistem. A visão de que o homem branco é essencialmente mal e dominador é desmistificada.
A antropóloga Lilia Moritz Schwarcz sugere que a miscigenação decorre majoritariamente de violência sexual, enfatizando que descendemos de relações não consensuais. Essa abordagem ignora a complexidade das relações da nossa história.
A escravidão tem um papel central na história humana. No Brasil, africanos foram trazidos como escravos, mas isso não define toda a nossa narrativa. Essa perspectiva negativa mancha a identidade da maioria miscigenada.
A visão de Schwarcz limita a compreensão da multiculturalidade do país, que nasceu de inúmeras relações consensuais. A ideia de raça e etnia perdeu o sentido, refletindo que somos uma nação de diversidade e complexidade.