Quando e por que o celibato se tornou obrigatório para o papa e todos os clérigos católicos
Cardeais se preparam para a eleição do novo papa em meio a debates sobre o celibato. Historiadores apontam que muitos papas da Igreja primitiva eram casados, refletindo uma tradição que suscita discussões atuais.
Cardeais de todo o mundo se reúnem a partir de 7 de maio para eleger o próximo líder dos 1,4 bilhão de católicos.
Tecnically qualquer cristão batizado do sexo masculino pode ser considerado para o cargo, mas historicamente, todos os papas desde 1378 vieram das fileiras dos cardeais.
É quase certo que o próximo papa não será casado. A exigência de celibato no clero é debatida há séculos, com demandas para aceitar homens e mulheres casados no sacerdócio.
No início da Igreja Cristã, muitas lideranças, incluindo papas, eram casadas. O Vaticano admite que "clérigos casados eram comuns" nos primeiros anos da Igreja.
Papas casados notáveis:
- São Pedro
- Hormisdas
Estudos indicam que os primeiros 39 papas eram casados e que o celibato clerical foi formalizado apenas nos séculos 11 e 12. Depois de reformas e concílios, como o de Trento, o celibato se tornou uma prática definida.
Teólogos como Santo Agostinho e São Tomás de Aquino apoiaram o celibato como meio de dedicação espiritual. Proibições e histórias sobre papas casados e filhos ilegítimos ilustram a complexidade do celibato na história da Igreja.
Futuro do celibato: Mesmo com certa flexibilidade nas regras, papa Francisco e Bento 16 defendem o celibato. Mudanças são vistas como improváveis, segundo especialistas.
Linda Pinto, ex-freira, afirma que a Igreja não expandirá o celibato para novos membros: "Eles não o estenderão a aqueles que nasceram na Igreja Católica."