Qual o significado das mensagens e dos silêncios na sessão do STF em apoio a Alexandre de Moraes?
Supremo reafirma compromisso com investigações e rígidas punições a atos golpistas. Ministros criticam tentativas de coação e destacam a importância da defesa da independência do Judiciário.
Supremo Tribunal Federal (STF) reafirma punições rígidas a acusados de golpe de Estado e a coações ao tribunal. Em sessão nesta sexta-feira, 1º, ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes destacaram a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro e do blogueiro Paulo Figueiredo.
Ambos tentam articular sanções dos EUA contra os ministros do Supremo. Moraes afirmou que “pseudo-patriotas” terão resposta no Judiciário. Ele também afirmou que a intimidação dos EUA não afetará as investigações, que terão julgamento marcado para este semestre.
Luís Roberto Barroso fez a defesa institucional do tribunal, reforçando que os réus serão julgados com base em provas concretas, sem interferências externas. Os elogios à atuação de Moraes foram acompanhados por apoio do procurador-geral da República e do advogado-geral da União.
A sessão durou mais de uma hora, mas não houve tempo para julgar outros processos. O silêncio de outros ministros foi notável, apesar de alguns terem comentado em particular o desejo de apoiar Moraes. No dia anterior, foi realizado um jantar no Palácio da Alvorada com Lula, onde seis ministros compareceram.
Embora nem todos os ministros concordem com a forma de condução das investigações por Moraes, mantêm silêncio público para preservar a unidade institucional da Corte.