Qual investimento sobreviveu ao 'strike' no boliche de Trump em abril?
Bitcoin se destaca como ativo de preservação de valor em meio à volatilidade dos mercados global e brasileiro. Com alta de 13% em abril, a criptomoeda atrai investidores em busca de segurança diante das incertezas geopolíticas.
Abril foi um mês decisivo para Donald Trump na presidência dos EUA, com o início do tarifaço sobre produtos importados.
O mercado reagiu, mas alguns investidores conseguiram se recuperar, especialmente os que investiram em bitcoin. A criptomoeda registrou uma valorização de 13%, com preços variando entre US$ 74.700 e US$ 95.400, ficando a 5% dos US$ 100.000, valor não visto desde fevereiro. Em reais, foi negociado a cerca de R$ 538 mil.
A volatilidade provocada pela tensão entre EUA e China foi comparável à de 2020, impulsionando o ouro a um novo recorde de US$ 3.400. Com incertezas geopolíticas, o bitcoin passou a ser visto como um ativo seguro, ao lado do ouro, segundo a especialista Sarah Uska.
O Índice de Consumo (ICON) da B3 subiu 12,7%, impulsionado pela expectativa de juros menores. O Ibovespa, principal índice de ações do Brasil, fechou abril com ganhos de 3,7%.
Gustavo Cruz, da RB Investimentos, explica que a queda na curva de juros ajuda empresas endividadas, facilitando o aumento do consumo.
Com o cenário caótico dos EUA, o Brasil surge como uma alternativa para investimentos, mantendo uma estabilidade política e econômica.
Cruz ressalta que a perspectiva de juros menores fez com que a expectativa de aumento da Selic diminuísse, passando de 0,5 ou 0,75 ponto percentual para 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Banco Central.